A CULPA É DO FUSO
MINI GUIAS PARA GRANDES DIAS
NO LAOS
LUANG PRABANG: CENTRO HISTÓRICO
Entre no ritmo de Luang Prabang e acorde antes do sol nascer para acompanhar a procissão das almas realizada pelos monges budistas que vivem nos muitos monastérios da cidade. Diariamente, antes do dia clarear, eles percorrem as ruas para reafirmar seus votos de pobreza e humildade e recolher doações de sticky rice que os moradores oferecem em um gesto de devoção. A rua Sakkaline, por conter muitos templos, é ponto de encontro dos visitantes que buscam acompanhar o ritual, mas em qualquer rua é possível testemunhar o evento. Lembre-se de que se trata de um momento solene para a comunidade local, então haja com respeito: mantenha o silêncio, vista-se apropriadamente, não ande ao lado dos monges e não tire fotos a curta distância. Encontre um local tranquilo para sentar e observe do outro lado da rua (mesmo que outros turistas não estejam fazendo o mesmo…).
Quando o dia amanhece, o Morning Market já está montado para você caçar umas frutas e tomar um café junto com os locais. Às 8h, o Royal Palace Museum abre as portas e mesmo que você não tenha interesse em entrar no palácio, o monastério Wat Mai, o maior de todos na cidade, vale a visita. Logo no quarteirão ao lado existem mais alguns templos construídos ao melhor estilo tradicional do Laos, como Wat Pa Phai e Wat Xieng Mouane.
A essa altura você já estará caminhando ao longo da península que delimita o centro histórico, então continue o passeio pelas margens do emblemático rio Mekong apreciando as casas coloniais que hoje abrigam hotéis e restaurantes, onde você pode fazer uma pausa para o almoço admirando a paisagem. Antes de voltar à caminhada, que tal uma pausa para um delicioso café produzido localmente no Saffron Espresso Caffè e curtir um pouco mais a vista?! O próximo destino será Wat Xieng Thong, no extremo norte da península, um dos mais importantes monastérios do Laos construído na metade do século XVI.
Quando o sol começar a baixar, dirija-se para um dos melhores pontos para contemplar o por do sol: o Monte Phousi. Subindo os 335 degraus até o topo desse monte sagrado, é possível ter uma visão panorâmica da região, com seus rios e florestas, e desacansar enquanto vê o sol morrer no rio Mekong. A descida vai te levar direto para o Night Market, que fecha a rua Sisavangvong diariamente a partir das 17h com dezenas de barracas coloridas vendendo produtos locais. O beco que cruza a parte final feira é o lugar perfeito para encerrar o dia, pois é lá que ficam as barracas com o melhor da comida de rua local, Beer Lao gelada e banquinhos convidativos para matar a fome, fazer amigos e descansar do longo dia de caminhada.
FONTE: Google Maps
LOOP DE MOTO PELO BOLAVEN PLATEAU (PAKSE)
Já contamos AQUI como foi a nossa expedição de moto pelo Bolaven Plateau saindo de Pakse, sul do Laos. Em primeiro lugar, decida quantos dias você pretende passar na estrada para definir onde serão as suas paradas à noite. Não existe o número certo de dias para percorrer o platô, vai depender da sua disponibilidade de tempo, resistência em cima da moto e vontade de explorar mais ou menos lugares. A maioria dos viajantes opta entre o small loop (dois dias, uma noite) ou o big loop (quatro dias, três noites), mas é possível esticar a viagem ainda mais. Nós optamos por um medium loop de três dias e duas noites e foi o suficiente para rodar muito, mergulhar em cachoeiras incríveis e fazer grandes amigos pelo caminho.
Em Pakse existe uma infinidade de agências e pousadas que alugam motos automáticas (U$11 / dia) e semi automáticas (U$6 por dia), mas as mais populares e confiáveis que encontramos foram Pakse Travel e Miss Noy, duas agências lado a lado uma da outra e sempre bastante movimentadas. Ambas oferecem mapas detalhados e workshops esmiuçando o percurso e dando notícias atualizadas da estrada (recomendamos fazer o workshop!), além de motos em excelente estado.
PERCURSO (3 dias, 2 noites):
DIA 1 - Comece cedo para fugir do sol forte e faça a primeira parada na cachoeira Tad Pasuam (km 35). Além do visual incrível, o lugar também oferece banheiros limpos, restaurante e sombra. Como você está explorando uma das maiores regiões produtoras de café do mundo, nada melhor do que fazer a próxima parada no Mr Vieng Organic Coffee para tomar um moído na hora e ainda ganhar bananas e amendoins produzidos no local de lanche. A parada final do dia é em Tad Lo, a 90km de Pakse, uma vilazinha simpática que conta com pousadas e homestays para receber os viajantes que estão fazendo o loop. Escolha seu quarto antes de ir para a cachoeira, pois é no fim do dia que todos os motoqueiros começam a chegar e a encher as pousadas. Tim's Guesthouse é uma ótima pedida: tem quartos simples e confortáveis com banheiro compartilhado, serviço simpático, wifi e comida bem gostosa. A Fandee Guesthouse é a mais charmosa da vila, mas quem quiser ficar por lá tem que chegar cedo para garantir um quarto.
DIA 2 - Tire da cabeça a ideia de pernoitar em Sékong como sugerem os guias e os mapas. A cidade é completamente desinteressante e você chegará a ela ainda com muitas horas de sol pela frente. Confie e siga seu caminho para um pouso muito mais interessante! Comece o dia com um mergulho em Tad Lo e refresque-se antes de mais um dia de sol forte na cabeça. A estrada começa a ficar mais bonita e vazia depois de Sekong, então aproveite e continue viagem mesmo se a fome bater. A parada ideal para quebrar o dia é o escondido PS Garden, restaurante e acampamento junto à cachoeira Tad Hua Khon (também chamada de Houa Krone). Se a essa altura o cansaço já bateu, é possível alugar uma barraca e pernoitar por lá mesmo. Se restarem energias, continue até Tad Tayicsua para passar sua segunda noite em um lugar difícil de esquecer. A subida do Bolaven Plateau começa uns 14km depois de Tad Hua Khon e o cenário é belíssimo, mas fique atento à hora, você não vai querer estar ainda dirigindo depois de escurecer! Antes de chegar ao destino final, vale a pena uma última parada na cachoeira Tad Katamtok, com mais de 100m de altura. No último trecho do dia, preste atenção para não perder a entrada para Tayicsua (indicada por uma placa de madeira terrível) e siga pela estradinha mais uns 5km (sim, essa mesma de terra laranja, esburacada e poeirenta. Acredita e vai!). Logo após a pequena ponte de madeira, você finalmente chegará em Tayicsua e, por mais que esteja cansado, sorria quando Nattaya vier te receber (ela não gosta de pessoas sérias demais…).
DIA 3 - Ao invés de acordar e já cair na estrada, aproveite a manhã para explorar o entorno de Tayicsua, uma vez que a região conta com nada menos do que onze cachoeiras. Se nada de importante te aguarda em Pakse, considere ficar um dia extra por aqui para conseguir explorar tudo o que esse lugar incrível tem a oferecer. Se realmente tiver que seguir viagem, faça a trilha até as 3 primeiras cachoeiras. Fique de queixo caído com a número dois e dê um longo mergulho na número 3 antes de voltar para estrada. A volta direto de Tayicsua até Pakse é longa e cansativa e muitos viajantes optam por pernoitar em Paksong e esticar o loop mais um dia. Existem muitas cachoeiras, plantações de café e vilas neste trecho da estrada que podem fazer render este quarto dia, mas Paksong em si não apresenta grandes atrativos. Caso queira encerrar seu loop no terceiro dia (como nós fizemos), não tenha medo de dirigir direto até Pakse. Se sair de Tayicsua depois do almoço, ainda sobra tempo para esticar as pernas na famosa (e concorrida) Tad Yuang antes de chegar em Pakse para um bom jantar e um longo e merecido banho.
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