O sudeste asiático entrou pra ficar na rota dos mochileiros nos idos anos 60 e o fluxo crescente de viajantes estrangeiros mudou para sempre o cenário de praias desertas e cidades tranquilas. Sem entrar na crítica aos efeitos do turismo em massa, da qual faço coro e evito ao máximo contribuir, admito que certos hubs mochileiros no sudeste asiáticos são irresistíveis e difíceis de evitar. Viajantes do mundo inteiro trocando experiências de viagem, cerveja incrivelmente barata, comida boa e noite sem hora pra acabar.
(FOTO: Clarissa Ferreira | Don Det, Laos)
A Khao San Road, em Bangkok, por exemplo, é o tipo do lugar que eu ficaria longe durante uma viagem, mas o caos é tanto e o ambiente tão divertido, que perdi a conta de quantas noites passamos por lá. O mesmo vale para a Pub Street, em Siem Reap, com seus bares apinhados de turistas sedentos por uma cerveja após um dia sob o sol nos templos de Angkor. Temos lembranças incríveis em outros points backpackers menos agitados e mais a nossa cara no reduto "riporonga" de Don Det, no Laos, nas ruelas com aroma de pad tai de Pai, na Tailândia, e em Manali, uma vila charmosa (e "legalize", diga-se de passagem) nas montanhas do norte da Índia.
(FOTO: Clarissa Ferreira | Pai, Tailândia)
Mas se fosse para escolher apenas um ponto de encontro mochileiro aqui na Ásia como meu preferido seria Thamel, em Kathmandu. É zoado, é barulhento, chato pacas de andar sem ser atropelado por uma moto e abarrotado de lojas de souvenir, mas basta fugir da noite fria nepalesa entrando em dos bares e restaurantes aquecidos por fogueiras e iluminados por velas para ouvir as mais incríveis histórias de viagem e conhecer companheiros de trekking para suas aventuras no Himalaia. Quem já leu os livros de John Krakauer não consegue ficar indiferente às esquinas confusas e coloridas de Thamel…
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